QUEM NÃO ESTÁ CONOSCO

Autor: Randal Matheny Email: wr@simples.fastmail.fm

Nota: O seguinte artigo foi escrito para o boletim informativo: “Amo Jesus”, que circula entre as congregação de Guarulhos SP. O tema do mês foi livre. Escrevi após uma leitura do primeiro capítulo de Romanos. Postei aqui para o proveito de outros que talvez não tenham oportunidade de lê-lo no informativo.


A carta do apóstolo Paulo aos Romanos é tida como o documento mais importante da Bíblia pelos protestantes (dos quais fazem parte os evangélicos). Martinho Lutero leu a carta e dela tirou uma conclusão sobre a natureza do evangelho. Em Romanos Lutero, num mal entendido tremendo, leu sobre a salvação pela fé. Pensou que a fé fosse apenas interna, mental. Na sua tradução do Novo Testamento para a língua alemã, Lutero inseriu uma palavra — acrescentou algo à Bíblia: a palavra “somente”, em Romanos 3.28. O texto diz: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem obras da lei” (Tradução brasileira). Lutero traduziu: “justificado pela fé somente”.

Com este entendimento falho, Lutero chamou a carta de Tiago de uma “epístola de palha”, quer dizer, algo inútil e desprezível. Isso porque Tiago escreveu que “é pelas obras que o homem é justificado e não somente pela fé” 2.24. E ainda: “a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma” 2.17.

Alguém entre nós chamou os protestantes de nossos primos, afirmando que não são exatamente irmãos, mas há uma proximidade muito grande. Essa linguagem é anti-bíblica e tendenciosa. Alguns acham uma gracinha repetir a colocação. Contudo, não temos quase nada em comum com os protestantes. Não temos comunhão com eles. Eles precisam ouvir e obedecer à verdade do evangelho.

Veja algumas das diferenças entre os protestantes e o verdadeiro seguimento de Jesus:

O próprio livro de Romanos declara a necessidade da “obediência da fé” Rm 1.5; 16.26. A imersão na água nos separa do pecado e garante a nossa ressurreição, Rm 6.1-5. A obediência leva à justiça e à libertação do pecado, Rm 6.16-18.

Os protestantes e evangélicos não são irmãos e muito menos primos. São alvo do nosso trabalho de ensinar fielmente o Caminho de Cristo, levando-os a entrar em Cristo, para desfrutarmos, todos, da única esperança que oferece nosso Senhor e Salvador.