O #Bolsolão patriótico pela Reforma da Previdência

Em 24 de abril de 2019

Bolsonaro acaba de fazer pronunciamento na TV, em rede nacional, comemorando o avanço da Reforma da Previdência da CCJ para a Comissão Especial, que julgará o mérito.

Dessa vez, ele não disparou mensagem em vídeo nas suas redes de Whatsapp, nem fez live no Facebook/Youtube, nem mesmo tuitou. Não, nada disso. Ao invés de agir como um garoto de 5a. série falando apenas para a sua turma de bolsominions na casa da árvore, ele decidiu se comunicar oficialmente com todos os brasileiros, usando da prerrogativa que lhe cabe como presidente da república através da concessão de TV aberta — a primeira vez em muito tempo, se formos contabilizar tuitadas e lives versus pronunciamentos oficiais na TV. E olha que eles se dizem conservadores, mas abraçam meios de comunicação progressistas. Uns cínicos, vamos falar a verdade.

Isso demonstra que ele sabe da importância da TV, da importância de uma Globo para as massas, e, num momento estratégico, ele se dobra ao convencional? Não, nada disso. Ele não usou as redes sociais porque não pôde — seu filho, Carluxo, de birra, trocou a senha e viajou para um spa, deixando o pai de castigo. Ironicamente, o Jornal Nacional já abriu falando do desemprego crescente.

Em seu comunicado cínico, Bolsonaro clamou pelo “patriotismo” dos deputados na Comissão Especial e no plenário da Câmara. Ele só esqueceu de mencionar duas informações. Que esse patriotismo está sendo comprado com R$ 40 milhões para cada parlamentar e já tem até nome: Bolsolão. E que os dados com os cálculos, fórmulas e estimativas de impacto na vida do trabalhador para as próximas décadas ainda não estão disponíveis como reza a Lei de Transparência e Acesso à Informação.

Ao JN, Onyx disse que esses dados poderão estar disponíveis a partir de amanhã. Os alunos do fundão da quinta série estão correndo para terminar o dever de casa, enquanto o líder de equipe pede mais tempo para a professora, dona Câmara. Esse é o motivo mais plausível para essa demora na entrega dos dados, eles não existem, ou não estão totalmente formulados. Quem se lembra do atrapalhado de Paulo Guedes com o Orçamento da União no final do ano passado, há de dar crédito para essa teoria. Assim como no Orçamento, Guedes deve achar que pode preparar os dados a qualquer momento, que ele não precisa comunicar previamente em detalhes suas propostas.

Guedes chupou o dedo e levantou para ver a direção do vento, e achou que isso bastava.

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