#000429 – 19 de Janeiro de 2021

Isabela Figueiredo tem uma escrita límpida, cintilante. Percorre as suas frases uma força animal, uma argúcia emocional intensa e uma feroz intuição em relação à nudez e à crueza da verdade. Como no bom jornalismo, escreve com parcialidade ética e transparente. Como na melhor ficção, troca-nos as voltas aos lugares que tínhamos em comum. Como em alguns ensaios, dá-nos as ferramentas para desenterrar dúvidas e outros tesouros que o preconceito quer fósseis.