tchau, setembro

às vezes é muito estranho revisitar certos prazeres vinculados a um eu de alguns anos atrás. parece que alguma coisa não se encaixa, quando transposta pra outra realidade temporal. por outro lado, é interessante ver como o eu atual se comporta quando colocado com essas questões. como a gente navega e acessa a construção e a destruição das coisas. no meio disso, há essa disputa entre o eu estoico que quer se privar da dor e sofrimento das paixonites e o devir-sacanagem que pretende se expor e mergulhar na corrente do mundo, que é compelido a se colocar em situações potenciais, de 'risco' psicológico, fisiológico e escatológico. desse grande clash (!), sobram pequenos fragmentos do eu, pequenos demais para serem notados por si só. algo de particulas atômicas, sabe? não as vemos, mas nos seus choques sentimos seus efeitos; ainda, porém, abstratos, digamos. esse debater em nível atômico dos meta-eus (possibilidades do que eu que falam por si mesmo, ou algo assim) causam uma ação. e, então, a partir daí, é que a gente pode se manifestar nesse mundão aterrorizante. é bom lembrar que mar revolto é que faz boas pessoas do mar, melhor ainda é tentar sobreviver ao revoar da ventania molhada.

semana passada escutei algumas coisas, dentre elas: *um hip hop lo-fi *mais lo-fi, porem de outra ordem *e future funk

também vi alguns filmes como jogo de cena (mais diferentes versões de diferentes eus sendo mostradas com diferentes viéses) e amores perros. e esse lembrando que o eu não é só o que a gente faz, mas as possibilidades que não foram. passado, futuro e presente se aglutinando num só caminho e explodindo depois.