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Como você já deve saber, na Kyonggi University prezamos conhecer bem e manter uma relação próxima com o nosso corpo estudantil, então por que você não me conta um pouco de como você chegou aqui? Começando por seu interesse pelas artes. Você descobriu esse interesse sozinho, tem familiares no ramo, teve alguma influência? Algum professor, colega…

Não é como se fosse novidade dizer que minha família não possui laços com o mundo artístico, o dinheiro veio da área da saúde e do clube de golfe que costuma ser frequentado por pessoas da alta-classe de todos os ramos. Bom, costumava. [risos] Eu me apaixonei pelas artes quando mudei para a França, tinha só 15 anos quando descobri a genialidade de pinturas e músicas clássicas, além do cinema franco-italiano, pode-se dizer que encontrei conforto na arte durante um período sombrio na minha vida. Há algo extremamente mágico na forma como os filmes são capazes de nos causar sensações diferentes ou de como uma história nos leva pra outro mundo, desde então, quis fazer parte dessa experiência única.

E como você acabou aqui hoje? É um desejo próprio? Um sonho, talvez. Ou você quer sair correndo por essa porta agora? [risos] Não se preocupe, você não seria o primeiro artista que sonhava em ser advogado, por mais estranho que isso soe.

Quem conhece o mínimo que seja sobre as histórias de como fui criada, sabe que eu provavelmente seria uma mulher de negócios ou uma socialite fútil, creio que eu estava indo para esse caminho antes de ir pra França. [risos] Mas definitivamente, estar aqui é um desejo próprio, eu sei como a Kyonggi valoriza jovens talentos e dá todo o suporte para quem deseja seguir carreira, independente da área. Sem contar que o cinema coreano possui tantas nuances interessantes e como eu estava há tanto tempo longe, sinto que aqui vou poder me reconectar com a minha cultura nativa. E claro, colocar um pouco da minha cultura de vivência, estou pronta pra me desafiar e me aprofundar nessa paixão.

Certo, certo. E você já teve algum treinamento profissional, ou a Kyonggi será sua primeira experiência? Somos um ótimo lugar pra começar, você sabe, vários dos nossos alunos chegam até nós apenas com seus talentos brutos. Você diria que é natural no que faz, ou do tipo que precisa de muito esforço, ou uma mão forte para te guiar? Como você descreveria sua personalidade, no geral?

Participei de workshops relacionados a artes, mas creio que a Kyonggi será minha primeira experiência e o que me ajudará a atingir meus objetivos artísticos e minha forma de expressão. Modéstia à parte, meu talento é nato, refletindo em tudo que passei, creio que o cinema me encontrou porque eu nasci destinada a ele. [risos] Bom… Muitos sabem que eu tenho um passado conturbado de troublemaker mas eu juro que não sou mais essa pessoa, se eu for inconsequente será por boas razões, contudo, me considero um espírito livre devido a tudo que passei. Ainda assim, sou extremamente amável e carinhosa. Não tem aquele ditado “good girl gone bad?” Eu sou o oposto “bad girl gone good.” [risos]