view#002256 – 02 de Agosto de 2025
Lê-se no artigo da Wikipedia:
AI slop (sometimes shortened to just slop) is digital content made with generative artificial intelligence, specifically when perceived to show a lack of effort, quality or deeper meaning, and an overwhelming volume of production.
Segundo o canal Computerphile, este aumento do volume de conteúdo gerado por IA significa que os dados em que os modelos de linguagem são treinados são constituídos eles próprios por conteúdo gerado por modelos de linguagem. E a conclusão é que a qualidade do que é produzido por modelos de linguagem vai necessariamente diminuir.
Sloppy AI > AI slop > even more sloppy AI > even sloppier AI slop, etc.
view#002255 – 01 de Agosto de 2025
Investigadores da University of Nottingham concluíram que em Janeiro deste ano 50% do conteúdo online tinha sido produzido por inteligência artificial. Não estamos preparados para tanta poluição semântica.
view#002254 – 31 de Julho de 2025
Não é que um artista tenha de ser miserável para produzir arte que valha a pena. Mas é a dor que assinala o lugar onde se abriu um fosso interior que a felicidade se encarrega de preencher. Dito de outra forma, a sombra assinala os contornos da luz. Ou ainda: a gratidão germina melhor na saciedade. E as flores mais resistentes são as do deserto.
view#002253 – 30 de Julho de 2025
O Gerês é tão perto. Estou sempre à beira de um mergulho verde, em sanidade e floresta. Que felicidade esta coincidência geográfica e os amigos que me acompanham e desafiam em caminhadas na serra.
view#002252 – 29 de Julho de 2025
Graças a uma amiga querida, descobri não só o talento do Nerve como as suas Purgas e um renovado interesse em escrever poesia. A vida surpreende-me sempre, no que é novo mas também no que se reinventa.
view#002251 – 28 de Julho de 2025
Gosto de juntar filmes dois a dois, imaginando uma sessão dupla em que cada um informa, acrescenta, interroga o outro. Como “The Architect” e “The Kitchen”, ambos de 2023; ou o o “Frankenstein” do Del Toro e o “Poor Things” do Lanthimos. Há também, descobri recentemente, livros que apetece ler aos pares. É o caso de “O Futuro ja não é o que nunca foi”, do Francisco Louçã e de “After the Future” de Franco “Bifo” Berardi.
view#002250 – 27 de Julho de 2025
Os portugueses, melancólicos e trágicos, gostam da singularidade da palavra saudade. Logo nas primeiras páginas de “Assim Nasceu uma Língua”, de Fernando Venâncio, ficamos a saber da originalidade de uma outra palavra, inexistente noutras línguas europeias: luar.
view#002249 – 26 de Julho de 2025
Dentro de horas, Zohran Mamdani deverá tornar-se Mayor de Nova Iorque. E aqui onde escrevo estou tão atrasado em relação ao quotidiano que a data é de Julho. Mas o impulso de referir a actualidade fere-me.
view#002248 – 25 de Julho de 2025
Em breve vou publicar digitalmente uma edição de autor de um livro de contos que terminei em 2014. Na altura muito influenciado pelo Black Mirror, quis escrever sci-fi que pudesse acontecer no presente. Há laivos de inteligência artificial, bio-hacking e outras coisas que passados 11 anos não são de todo as mesmas. Agrada-me este mini-retrofuturismo.
view#002247 – 24 de Julho de 2025
Hoje estou mais novo que ontem. Menos mortal, mais disponível para continuar a viver.