#002150 – 18 de Abril de 2025
A caminho dos 50, sem perceber como passou tão rápido o tempo, tentando tirar o pé do acelerador, para que a vida se torne nítida.
A caminho dos 50, sem perceber como passou tão rápido o tempo, tentando tirar o pé do acelerador, para que a vida se torne nítida.
E se um dia toda a gente deixasse de obedecer a Trump? Os acessores, os secretários, o exército, os seguranças, toda a gente. A qualquer pedido, qualquer ordem, qualquer capricho, a resposta sempre: não. Bomba política despenteada de repente desarmadilhada. Verborreica gralha a debitar disparates só para sim, longe dos microfones. E se tirassem o volante das mãos do macaco embriagado?
Os EUA em transição para a autocracia. E os trumpetas europeus babados, a tirar notas, ansiosos de repetir o desastre.
Free, de Lea Ypi, é um livro assombroso. Memórias de uma infância que chega à adolescência quando cai o regime comunista na Albânia. Reflexão sobre a liberdade de uma filósofa que olha para a sua própria história, com olhos de adulta. Uma académica a revisitar a sua própria biografia, uma escritora de grande fôlego e lucidez.
Mood Machine é mais do que a história do Spotify. É uma história de como o streaming mudou quase tudo na música, não só a sua indústria.
É divertido comparar o significado explícito (ou seja: aparente) de uma expressão com o significado real (implícito) que o hábito reforça e o contexto das nossas relações sociais ilumina. É o caso de “é uma coisa muito específica” que quando escutamos muitas vezes mata a conversa. Seria de esperar que algo muito específico é especialmente fácil de nomear. Mas a expressão, na verdade, é usada para significar algo como “não vale a pena dizer o que é, não ias compreender”.
Luca Argel, enquanto chove fora. O coração entende o que fica nas entrelinhas, algo se cura, outras feridas abertas se tornam evidentes. O aconchego torna-se amigo da militância, neste humanismo de ritmo bom e poesia forte.
Black Mirror regressou em grande forma, com a 7ª temporada. Vejo os episódios a conta gotas, para que durem. Hotel Reverie é um dos melhores de sempre, desde que Charlie Brooker estreou a série em 2011.
Há quem veja na matemática um sistema de representação, uma abstração entre outras possíveis – por isso feita de convenções criadas por nós, humanos. E quem (como John Conway) veja na matemática uma ontologia, a tradução directa de leis e relações que existem na natureza, no mundo material – e por isso descoberta do que já existia antes de ser codificado por nós.