view#001562 – 15 de Dezembro de 2023
Inge Wegge e Jorn Ranum construíram uma cabana com a madeira que recuperaram de uma ilha no norte da Noruega. Aí surfaram no Mar do Norte, mesmo no Inverno ártico, quase sem luz. Recolheram 3 toneladas de lixo, enfrentaram o frio e o tédio. E fizeram um documentário.
view#001561 – 14 de Dezembro de 2023
Luvas, gorro, cachecol e um passeio com o meu pai.
view#001560 – 13 de Dezembro de 2023
Ao escutar repetidamente Jesu, convenço-me que o shoegaze e o black metal haveriam de procriar belos bastardos, maravilhosos mestiços, impressionantes heresias musicais. Oathbreaker, Liturgy, Horseback, Zeal & Ardor e centenas de outras manifestações do endemoninhado espírito humano poderiam até não ser inevitáveis. Mas são muito, muito bem vindas. Continue o assalto à (já nem tanto estagnada e conservadora) tradição do black metal.
view#001559 – 12 de Dezembro de 2023
Dizer que escutar “To Be Cruel” é terapêutico é dizer pouco. O mais recente álbum dos Khanate toca em cantos da alma que eu nem conhecia. E não acredito na alma. O som deste quarteto faz-me bem. Mastiga-me o medo, deglute expectativas, digere as sombras todas que nem conheço.
view#001558 – 11 de Dezembro de 2023
Nunca ninguém me desiludiu tanto como eu próprio.
view#001557 – 10 de Dezembro de 2023
Recomeço a ler o Kraken, do China Miéville.
view#001556 – 09 de Dezembro de 2023
Ultimamente, como sempre, o meu humor oscila. Mas tem havido uma constante: o exercício físico. Saio de casa para me mexer, para chorar debaixo da chuva, durante uma longa caminhada. Ou porque estou feliz com o regresso do sol ou a chegada do meu surfskate. Ou porque é hábito mexer-me e me faz falta, e me alegra.
view#001555 – 08 de Dezembro de 2023
A liberdade é ceder ao impulso, cortar as amarras do medo, dizem. Ou, pelo contrário, é sermos o próprio legislador da nossa vontade. Para outros, a ideia de que não há livre arbítrio tem por consequência não haver também liberdade. Já um budista procura a liberdade combatendo a ignorância. Teoricamente é por aí que o meu temperamento encontra sentido. Não havendo livre arbítrio, ganhar consciência é criar possibilidades de emancipação do íntimo. Ser livre não é ter todo o poder, toda a latitude, muito menos ter nenhuma responsabilidade ou nenhuma limitação. É antes conhecer os impulsos que me atiram para fora de mim, os automatismos que me condicionam pelo hábito, os medos que me impingem ameaças mentirosas. Mas o meu comportamento anda, ainda, muito longe das boas intenções da minha estrutura ética.
view#001554 – 07 de Dezembro de 2023
Jacob Collier, Pipe Masters, dores nos tendões de Aquiles.
view#001553 – 06 de Dezembro de 2023
Primeiro a bicicleta. Mais tarde os patins. Depois a halfbike. E o surf. A seguir windsurf. E ainda stand-up paddle. E agora o surfskate. Aprender um novo movimento é voltar a ser criança, a ver o mundo como um infinito a devorar. Envelhecer é encontrar uma lentidão que me sirva.