#001698 – 29 de Abril de 2024
Assisto à série documental sobre Garrett McNamara e a sua ligação à Nazaré. É arrepiante ver aqueles momentos, depois de lá ter estado no farol, de sentir a água na cara, quando uma onda gigante rebentava.
Assisto à série documental sobre Garrett McNamara e a sua ligação à Nazaré. É arrepiante ver aqueles momentos, depois de lá ter estado no farol, de sentir a água na cara, quando uma onda gigante rebentava.
Há quem sinta conforto na existência de Deus. Na ideia de que todo o sofrimento, toda a violência que assolam a humanidade fazem parte de um desígnio maior. Esta ideia horroriza-me. Antes me reconforta pensar que isto não tem nenhum propósito, nem advém de nenhum plano.
Primeira aula de surfskate e descubro não só o talento de quem ensina mas outras pessoas com um gosto partilhado pelo surf, patins, skate. Um vislumbre de comunidade.
No site da World Surf League, assisto aos Tahiti Pro Trials. E surpreendo-me agradavelmente com o relato em francês, a forte pronúncia do pacífico sul de um dos comentadores, e um som de reggae de fundo.
Amanhã, a primeira aula de surfskate. Daqui a uns meses, aulas de surf. E recomeço o meu mais recente ciclo de emagrecimento. Neste ano, vou pedalar até Lisboa. E começar aulas com um personal trainer. O desporto sempre foi um prazer, como comer. Estranhamente, tenho mais dificuldade em usá-lo como método de emagrecimento do que muitas pessoas que o detestam. Não tenho nenhuma aptidão para o sacrifício, nenhuma inclinação para a auto-disciplina. E muita para engordar.
Em “The Final: Attack on Wembley”, um adepto italiano diz: “for me football is about love, it's about bringing people together”. Parece-me a mesma cegueira ideológica dos que, depois de um evento de extrema violência causada pela religião, insistem, “a religião x é uma religião de paz”. Proclamar o contrário da realidade não é suficiente para a mudar.
Passei de novo dos noventa quilos. Envelheço com altos e baixos simétricos aos que tinha em adolescente. Nessa altura, a bipolaridade estava descontrolada, mas era sempre, consistentemente, magro, magro demais. Agora, a minha cabeça e o meu mundo emocional são estáveis, mas perco e ganho 15 quilos várias vezes por ano.
O riff inicial de Straighthate, do Roots Bloddy Roots, faz lembrar Amazonia, do álbum bem mais recente dos Gojira, Fortitude.
O berimbau nos instantes iniciais de Atitude, o groove metal com sabor a Amazônia dos Sepultura, a voz visceral e crua do Max Cavalera, ainda longe do growl profissional do metal extremo moderno. Roots Bloddy Roots envelheceu bem. Quase 30 anos depois ainda é incrivelmente dançável, moshável, intensamente eficaz.