Kroeber

#001696 – 27 de Abril de 2024

Primeira aula de surfskate e descubro não só o talento de quem ensina mas outras pessoas com um gosto partilhado pelo surf, patins, skate. Um vislumbre de comunidade.

#001695 – 26 de Abril de 2024

No site da World Surf League, assisto aos Tahiti Pro Trials. E surpreendo-me agradavelmente com o relato em francês, a forte pronúncia do pacífico sul de um dos comentadores, e um som de reggae de fundo.

#001694 – 25 de abril de 2024

Amanhã, a primeira aula de surfskate. Daqui a uns meses, aulas de surf. E recomeço o meu mais recente ciclo de emagrecimento. Neste ano, vou pedalar até Lisboa. E começar aulas com um personal trainer. O desporto sempre foi um prazer, como comer. Estranhamente, tenho mais dificuldade em usá-lo como método de emagrecimento do que muitas pessoas que o detestam. Não tenho nenhuma aptidão para o sacrifício, nenhuma inclinação para a auto-disciplina. E muita para engordar.

#001693 – 24 de Abril de 2024

Em “The Final: Attack on Wembley”, um adepto italiano diz: “for me football is about love, it's about bringing people together”. Parece-me a mesma cegueira ideológica dos que, depois de um evento de extrema violência causada pela religião, insistem, “a religião x é uma religião de paz”. Proclamar o contrário da realidade não é suficiente para a mudar.

#001692 – 23 de Abril de 2024

Passei de novo dos noventa quilos. Envelheço com altos e baixos simétricos aos que tinha em adolescente. Nessa altura, a bipolaridade estava descontrolada, mas era sempre, consistentemente, magro, magro demais. Agora, a minha cabeça e o meu mundo emocional são estáveis, mas perco e ganho 15 quilos várias vezes por ano.

#001691 – 22 de Abril de 2024

A voz do Jacob Collier é um abraço de escutar.

#001690 – 21 de Abril de 2024

O riff inicial de Straighthate, do Roots Bloddy Roots, faz lembrar Amazonia, do álbum bem mais recente dos Gojira, Fortitude.

#001689 – 20 de Abril de 2024

O berimbau nos instantes iniciais de Atitude, o groove metal com sabor a Amazônia dos Sepultura, a voz visceral e crua do Max Cavalera, ainda longe do growl profissional do metal extremo moderno. Roots Bloddy Roots envelheceu bem. Quase 30 anos depois ainda é incrivelmente dançável, moshável, intensamente eficaz.

#001688 – 19 de Abril de 2024

A sopa da minha mãe: abóbora manteiga, nabo bola de neve, amor comestível.

#001687 – 18 de Abril de 2024

Leio ensaios com facilidade. Basta que o tema me interesse. E, custa-me que isto se torne mais e mais frequente, cada vez menos leio ficção que me surpreenda e entusiasme. Custa-me muito acabar alguns livros, como recentemente me aconteceu com The Buried Giant, do Ishiguro. Há bastante tempo que não descubro uma Ursula K. Le Guin, ou um China Miéville. Ou um pelo menos único livro ou trilogia, de um autor, como os três incríveis livros de The Broken Earth, da N. K. Jemisin. É verdade que há pouco tempo li uma BD fabulosa: “Soon” de Thomas Cadène e Adam Benjamin. Talvez tenha sido há mais de um ano que li as histórias que mais me maravilharam. Os dois livros da The Greenhollow Duology, da Emily Tesh. O merecidamente premiado Piranesi, da Susanna Clarke. E a novela de Naomi Salman, Nothing but the Rain. Se continuar a escrever, às tantas surgem mais títulos. É possível que isto seja passageiro, coisa que me tem acontecido nos últimos meses, sem grandes consequências ou lições a ensinar-me. E que um dos meus próximos livros de ficção favoritos esteja ao virar da esquina.