view#001571 – 24 de Dezembro de 2203
As crianças vão fazendo os adultos acreditar no Natal. A doçaria traz-nos a tradição, esse conhecimento que se transmite da cozinha à mesa, pelas gerações. A reunião anual reforça os laços que o tempo modifica e relembra. As famílias são espaços alargados de encontro, uma pequena civilização em movimento.
view#001570 – 23 de Dezembro de 2023
Pedalo até São Jacinto, onde me alimento de sol e lulas grelhadas. Atravesso a Ria para seguir até Aveiro e apanho o regional a caminho da minha família e do Natal.
view#001569 – 22 de Dezembro de 2023
Amanhã ainda de noite, saio a pedalar ao encontro da minha família. Noventa quilómetros de inverno, pela costa. Esforço em tons de sossego.
view#001568 – 21 de Dezembro de 2023
Anos depois, volto a fazer abdominais. Foi o último exercício que passei a incluir neste momento de regresso à actividade. Não custou muito.
view#001567 – 20 de Dezembro de 2023
A tristeza volta, indecorosa. Entra por uma frincha que me esquecera de tapar, antes do último inverno emocional. Avança-me pelo íntimo e põe os pés em cima da mesa, senta-se como se estivesse em casa. Conhece os cantos, é verdade, mas já não é bem vinda. Como a um vampiro, rescindo-lhe o convite, expulso-a de minha casa. Espero companhia. Hedonista e despreocupado, estava a preparar um banquete para a alegria.
view#001566 – 19 de Dezembro de 2023
O dia inteiro a locomover-me de bicicleta, geada de manhã, frio de noite. Tranquilo e feliz, as cidades que atravesso mais pequenas e ligadas que habitualmente. Anos perdidos com medo do tempo. Lá dizem os nórdicos que não há mau tempo, há má preparação.
view#001565 – 18 de Dezembro de 2023
Trago o skate para o trabalho, amanhã venho de bicicleta.
view#001564 – 17 de Dezembro de 2023
Dia de sol, surfistas no mar de Matosinhos. E eu de skate em terra, aprendendo a surfar no asfalto. Açaí a meio da aula, solidão açucarada, inclinada para a felicidade.
view#001563 – 16 de Dezembro de 2023
Uma experiência dolorosa no dentista e vem-me à cabeça que tantas pessoas foram e são torturadas horas a fio, durante dias, meses. Não consigo imaginar o terror que é ser sujeito a essa crueldade. Mesmo a dor momentânea, às mãos de um médico, é assustadora. Não há nada que justifique submeter um ser humano à tortura. Nem a guerra nem nada.
view#001562 – 15 de Dezembro de 2023
Inge Wegge e Jorn Ranum construíram uma cabana com a madeira que recuperaram de uma ilha no norte da Noruega. Aí surfaram no Mar do Norte, mesmo no Inverno ártico, quase sem luz. Recolheram 3 toneladas de lixo, enfrentaram o frio e o tédio. E fizeram um documentário.