#001472 – 16 de Setembro de 2023
Escuto Elaborations of Carbon, deixo a minha vida reorganizar-se interiormente. A felicidade é o que fica depois de se limpar o coração da confusão e do medo. Tempo para me reconciliar com o tempo.
Escuto Elaborations of Carbon, deixo a minha vida reorganizar-se interiormente. A felicidade é o que fica depois de se limpar o coração da confusão e do medo. Tempo para me reconciliar com o tempo.
No centro de saúde, o médico de clínica geral dá-me uma carta e manda-me ir às urgências. No Hospital, depois de uma primeira consulta e de longa espera, estou a fazer um exame e vem um outro radiologista, maldisposto. Desentende-se com o que me estava a examinar e diz-lhe que a casa está a arder e não há tempo para estar com coisas. Antes da ecografia, já tinha tido a notícia de que ia precisar de uma pequena intervenção cirúrgica. A ecografia era para despistar problema mais grave. A interrupção do médico radiologista desconsidera a urgência e o propósito do exame que foi pedido pelo urologista que me tinha atendido. Não gosto desta insegurança, desta quebra de confiança num profissional que tem um dever fiduciário para comigo.
Burial é ainda mais belo que James Blake. Mais desolado e imperfeito.
Silêncio adocicado: as palavras fogem-me. Rio-me dos esboços de ideias que me surgem. Não os exploro com texto, o ruído não se chega a formar.
Um entusiasmo de açúcar a cair em água. A agitação dissolve-se como aroma de uma quietude feliz. Mais espaço para o que é. Tempo pousado nas árvores, sem pressa de levantar voo. Tudo com sabor a futuro.